O termo fascite plantar diz-lhe alguma coisa? Esta surge da inflamação da fáscia plantar. É uma condição responsável por causar desconforto na região do calcanhar e pode afetar uma em cada dez pessoas.
Segundo um estudo científico, este problema representa cerca de 11% a 15% de todas as lesões nos pés. Continue a ler e saiba mais sobre os seus sintomas e tratamentos.
Fascite plantar: O que é, quais os sintomas e como tratar
Existe uma estrutura denominada fáscia que permite a mobilidade do pé e a capacidade humana de caminhar.
Este tecido conecta a musculatura da parte inferior do pé aos ossos, possibilitando movimentos como caminhar e correr.
Quando a fáscia está inflamada pode surgir uma dor no calcanhar, sendo este quadro conhecido como fascite plantar.
Esta condição é mais comum em indivíduos que fazem uso frequente da musculatura dos pés, como atletas e bailarinos. Mas não só!
No entanto, as pessoas com excesso de peso também podem sobrecarregar a fáscia e desencadear o processo inflamatório.
O que causa a inflamação e quais os sintomas?
A causa principal da fascite plantar é a lesão ou estiramento do tecido fibroso chamado fáscia plantar.
Esta é uma faixa alongada de tecido conjuntivo, localizada na parte inferior do pé, que se estende desde o calcanhar até aos dedos.
A sua função é absorver as tensões e manter os arcos dos pés. Contudo, a tensão constante pode resultar em danos nas fibras da fáscia plantar, desencadeando um processo inflamatório e degenerativo.
Além disso, existem outros fatores de risco como a obesidade, as atividades físicas que envolvem esforço repetitivo, a falta de alongamento dos membros inferiores, o ficar de pé por longos períodos de tempo, entre outros.
Um dos principais sintomas da inflamação da fáscia é uma dor aguda na parte inferior do pé, próxima ao calcanhar.
Geralmente, essa dor é mais intensa pela manhã e melhora durante o dia com a caminhada.
Porém, a dor pode surgir em qualquer ponto da fáscia após longos períodos em pé, subir escadas ou, até mesmo, após descansar por um período de tempo.
Para além da dor, pode surgir um inchaço e vermelhidão. Se não for tratada, a dor pode tornar-se crónica e levar a alterações na marcha, o que pode resultar em lesões nos joelhos, quadris e coluna vertebral.
Diagnóstico e tratamento
Diagnosticar a fascite plantar pode ser difícil, já que os seus sintomas podem ser confundidos com os do esporão do calcâneo, que é uma condição totalmente diferente.
O médico ortopedista é o profissional mais capacitado para realizar o diagnóstico da doença.
No primeiro contacto, o médico realizará uma anamnese e uma análise clínica. Em caso de dúvidas são necessários exames complementares, como o raio-x e o ultrassom. Estes podem ser solicitados para ajudar no diagnóstico.
Por sua vez, o tratamento tem como objetivo reduzir a inflamação, aliviar a dor e permitir que o paciente retome as suas atividades diárias.
Em muitos casos, o repouso, a aplicação de gelo na região afetada e as sessões de fisioterapia para promover o alongamento dos músculos e tendões são suficientes.
Para além disso, o uso de palmilhas ortopédicas, que visam distribuir melhor o peso do corpo nos pés e órteses, são recursos não medicamentosos que podem ser benéficos.
O pilates também é uma alternativa segura para o tratamento da fascite plantar, pois os movimentos são controlados e não causam tanto impacto. O alongamento, por sua vez, ajuda a aliviar a pressão no local, reduzindo a dor.
Através do pilates, são trabalhadas também a correção da postura e a marcha, de forma a que o praticante aprenda a caminhar, distribuindo o peso de forma correta nos pés.
Se sofre com esta condição, procure ajuda médica e considere o método pilates como tratamento para alívio da dor.