A saúde mental é um tema que se tem tornado cada vez mais importante. Por essa razão é necessário terminar com o preconceito e o estigma das doenças psicológicas.
Mas, sabia que muitas vezes estas doenças têm relação com sintomas físicos, como as dores crónicas?
A depressão pode causar ou intensificar a sensação de dor, da mesma forma que a própria dor pode gerar sentimentos de depressão.
Ambas as condições podem alimentar-se uma da outra, causando um ciclo vicioso e de muito sofrimento ao indivíduo.
De seguida, explicamos-lhe mais sobre a relação entre estes dois temas, bem como o seu tratamento.
Saúde mental vs. Dor crónica: Qual a relação entre ambos?
A saúde mental e a dor crónica estão fortemente relacionadas. Os sintomas de ansiedade e de depressão podem ser intensificados devido às dores.
Noutros casos, são as próprias doenças psicológicas as responsáveis por desencadear o processo de dor no indivíduo.
Tudo se torna mais difícil pelo simples facto de a origem das dores crónicas não ser tão simples de diagnosticar.
Muitas vezes, estes pacientes tentam obter um tratamento com diversos médicos, no entanto sem êxito, o que representa mais uma frustração de âmbito físico, mental e emocional.
Contudo, há esperança. Muitos tratamentos são eficazes e possibilitam uma melhoria considerável na qualidade de vida de quem sofre com estes transtornos.
O que é a dor crónica?
Uma dor é considerada crónica quando persiste por mais de três meses. A sua origem geralmente está relacionada com disfunções do sistema nervoso.
Há também situações em que estas dores surgem resultado de alguma doença crónica, como artrite, fibromialgia ou, até mesmo, cancro.
Cada uma delas exige um tratamento específico, no entanto o que costuma acontecer é a automedicação e, consequente, agravamento do quadro.
A relação entre o físico e o emocional
As reações complexas explicam a relação entre a dor física e a emocional. Por exemplo, os problemas do foro psicológico e o ciclo de dor alteram as hormonas do stress e as substâncias químicas cerebrais.
Algumas destas substâncias são o cortisol, a serotonina e a norepinefrina. À medida que a dor se torna crónica, mais áreas do cérebro são afetadas.
A dor crónica pode alterar a forma como o cérebro processa os sinais de dor, e um processo semelhante ocorre com a depressão.
Sabendo isto, podemos dizer que os problemas do foro psicológico e a dor crónica afetam o cérebro basicamente de duas formas.
A ansiedade pode tornar o indivíduo mais sensível aos sentimentos de dor, ou tornar a sensação de dor em algo catastrófico.
Como resultado, o indivíduo tende a isolar-se, e este isolamento pode piorar os sintomas da depressão.
Isto acontece porque o principal foco de pensamento passa a ser a dor e a incapacidade de controlar a situação.
Quem vivencia, ao mesmo tempo, uma depressão e uma dor crónica geralmente queixa-se apenas dos sintomas físicos, o que dificulta o tratamento dos sintomas do foro psicológico.
Contudo, é igualmente importante reconhecer e obter ajuda para os sintomas que indicam depressão ou ansiedade.
Tratamento
É fundamental procurar a ajuda de um médico para identificar e iniciar um tratamento efetivo para a dor crónica.
Da mesma forma, o indivíduo deve consciencializar-se do impacto negativo que o stress da dor causa na sua saúde mental.
Como tratamento, além de medicamentos prescritos pelo médico, há terapias alternativas que ajudam a melhorar a qualidade de vida.
São exemplos disso as atividades físicas de baixo impacto, como o pilates, as massagens, as sessões com um psicólogo e outros tratamentos, que trabalham o nível físico, mental e emocional.
Se quer conhecer métodos que promovem o bem-estar, contacte-nos e cuide da sua saúde mental e física!