A síndrome do túnel carpo é uma condição que pode causar dores intensas e sensação de dormência nas mãos. A depender da gravidade, pode até mesmo levar à perda das funções destes membros.
Em Portugal pode afetar até 5% da população, sendo mais comum em mulheres entre os 40 a 60 anos.
Mais à frente vamos explicar tudo sobre esta doença, incluindo causas, sintomas e tratamentos.
Síndrome do túnel carpo: Tudo o que precisa saber
O desenvolvimento da síndrome do túnel carpo ocorre pela compressão do chamado nervo mediano. Este nervo passa por dentro de uma estrutura conhecida como túnel do carpo, que está localizado entre o punho e as mãos.
Neste túnel passam os nove tendões responsáveis pelos movimentos dos dedos. Qualquer alteração que cause uma redução neste espaço pode levar à compressão do nervo mediano.
A partir disto o indivíduo passa a desenvolver os sintomas típicos desta síndrome, como dores e dormência nas mãos.
Esta compressão ocorre, na maioria das vezes, devido a uma inflamação e inchaço na estrutura interna do túnel do carpo. Também pode surgir devido ao acúmulo de sangue ou proteínas que aumentam a pressão na região.
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns apresentados por quem sofre da síndrome são dores e parestesia. Ou seja, a perda da sensibilidade na região por onde passa o nervo mediano.
Movimentos de flexão ou extensão dos punhos podem agravar a dor. Por isso, é comum sentir dificuldades em realizar atividades como guiar, digitar ou segurar no telefone, por exemplo.
Em 65% dos casos, desenvolve-se em ambos os punhos. Contudo, o mais comum é que um dos punhos seja mais sintomático que o outro.
Caso não receba o tratamento adequado, o quadro pode agravar-se com o tempo. Pode, inclusive, levar a alterações motoras, como fraqueza em movimentar os dedos ou até mesmo a incapacidade de segurar objetos.
Quais são as causas da síndrome do túnel carpo?
A principal causa é a chamada Lesão do Esforço Repetitivo, criada por movimentos repetitivos como digitar ou tocar instrumentos musicais.
Existem também causas traumáticas como quedas, fraturas e inflamações como a artrite reumatoide, hormonais e medicamentosas. Tumores também estão entre as possíveis causas da síndrome.
Como é feito o diagnóstico?
Para identificar a síndrome do túnel carpo, os médicos utilizam dois testes distintos, chamados de teste de Phalen e teste de Tinel.
O teste de Phalen consiste em dobrar o punho e mantê-lo nesta posição durante um minuto. Essa flexão vai aumentar a pressão dentro do túnel do carpo, portanto, se houver compressão do nervo, os sintomas pioram.
O teste de Tinel consiste em percutir o nervo mediano. Se ele estiver comprometido, a sensação será de choque e formigueiro.
O diagnóstico geralmente é clínico, contudo em alguns casos pode ser necessária a realização de exames de imagem e testes eletrofisiológicos. Estes exames servem para avaliar a condução nervosa e a resposta dos músculos ao estímulo nervoso.
Quais são os tratamentos da síndrome do túnel carpo?
Se a síndrome está em estágio inicial e os sintomas são leves, a imobilização do punho pode ser suficiente para reduzir o inchaço e aliviar os sintomas.
A imobilização serve para deixar o punho numa posição reta ou neutra. O objetivo é reduzir a pressão sobre o nervo mediano e impedir que o punho se dobre.
O uso de medicamentos anti-inflamatórios ou corticoides costumam ser recomendados em casos moderados. É um recurso para reduzir a dor e a inflamação, contudo os efeitos são temporários.
Já em casos mais graves, o tratamento cirúrgico pode ser a melhor solução. A fisioterapia, osteopatia e a mudança de hábitos também são importantes etapas no tratamento. Consulte um médico e siga as recomendações para tratar da síndrome do túnel carpo!